quinta-feira, 28 de março de 2013

PARA TI MEU AMOR

Escolhi-te 
Nem sei bem porque.
E ao escolher-te,
tornei-te especial.
Em ti depositei as minhas esperanças
Aquelas que eram só minhas
De que não abria mão.
Baixei as defesas
Abri o baluarte
E entreguei-me a ti.
Dei-te a minha loucura
O meu sorriso
A minha vontade de viver assim
Intensamente
Partilhei-me a ti.
E amei-te
Mesmo antes de te amar.
Pensei que me irias entender
Que saberias ler as entrelinhas
Que contigo
As palavras não eram necessárias
Banais
Deitadas ao vento.
No silêncio saberias perceber o meu olhar
Sem medo de me encontrar.
Mas vacilei
Duvidei
Provavelmente errei.
Amar-me não é fácil assim.
Simples
Linear
Não é como respirar.
Requer dedicação
E que me olhes para além da razão
Procurando-me a alma.
Não sei se algum dia o saberás.
O quão importante és para mim.
Sei que não te escolhi em vão...
Mesmo que me sinta assim....
Mesmo que vacile a cada dia
Mesmo que nunca sintas
O quanto gosto de ti.
Cristina Vaz

quinta-feira, 21 de março de 2013

TU EU E O CÉU

Dei por mim a olhar o céu azul.
Minuciosamente
Instintivamente
Como sedenta dele. Do seu azul.
Da sua paz.
Olhei-o e parei o meu olhar naquela nuvem.
Destacava-se das outras
A imaginação corria.
Percebi
Eras tu
Era o teu sorriso.
Nitido e claro.
Cristalino e doce.
E o céu deixou de ser azul.
Ganhou outras tonalidades.
Imensas cores
Intensas
Vivas.
Sinfonia: cores, nuvens, Sol, céu
Todos dançavam
Eu?
Eu ganhei asas
E dei por mim no meio da dança
Mergulhei nas cores
Não resisti ao teu sorriso
Como podia?
Beijei-te
Percebi então que as cores eram o arco-íris
Que se tinha formado
Mesclando o Sol com as minhas lágrimas
Sim Amor.
Eram lágrimas de alegria.
Cristina Vaz

domingo, 25 de novembro de 2012

ACORDEI




Acordei com vontade de conquistar:
Um pedaço de estrela
Um retalho de céu
Uma coberta de nuvem
Um sopro de mar.
Acordei e respirei fundo.
Sorri ao mundo
Como me habituei a fazer
A cada dia.
Acordei e nesse respirar
Envolvi em mim
Uma vontade imensa de Amar
Intensamente
Cada pedaço de vida
Cada fragmento de mim.
Acordei e pensei em ti.
Como fazia outrora.
Outrora lá distante
Longinquo.
Perguntei-me em silêncio
Onde estarias
Em que pensavas.
Mas o silêncio foi a minha resposta.
Acordei
E respirei fundo
Sorri
E percebi que nunca fizeste parte de mim
Nem do meu mundo.
Cristina Vaz

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


POR ONDE ANDARÁ O MEU ANJO







Por onde anda o meu anjo?
Que acordou os meus sentidos
Alguém me diz?
Sinto-o perdido
Perto daqui
E estranhamente longe
Distante e Frio.
Onde andará o meu anjo
A quem eu dava os Bons Dias
Com quem adormecia.
Aquele das horas mortas
A quem eu servia de companhia.
Comigo ele chorava e sorria.
Não importava muito mais.
E nesse nada que era tudo
Coexistíamos
Um sem o outro
Todavia alheios ao mundo
Aos outros.
Onde andará o meu anjo
Alguém me diz?
Cristina Vaz

terça-feira, 13 de novembro de 2012

SENTIR
 
 




Por vezes tenho medo de tocar.
De exteriorizar e que seja em demasia...
Questiono-me se serei uma pessoa fria....
Por vezes tenho vontade de abraçar.
Daqueles abraços sem palavras.
Daqueles abraços que não têem acabar...
Por vezes tenho vontade de não me limitar a ouvir.
De agir.De intervir.
Por vezes sinto que ficou muito por fazer no dia que findou.
Sentimentos que passaram
Beijos que não se deram
Palavras que não se pronunciaram...
Por vezes sinto um vazio
Como se estivesse à margem de um rio....
Por vezes.
Cristina Vaz

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

APRENDI





Aprendi que a Torre de Marfim que me entorpecia e embriagava os sentidos sempre tinha uma saída. Uma saída de um baluarte sem sentido do qual me resguardava de coisa nenhuma. Fora do Castelo não existiam dragões a cuspir fogo. Também não existiam príncipes encantados montados em cavalos brancos prontos a salvar a donzela em perigo.
Existia vida. Existiam homens e mulheres. Sentimentos. Atônita constatei que de nada valia temer o desconhecido.
Decidi romper com a letargia,com o conformismo, e partir qual barco à vela sem bússola nem destino.
Deixar a vida fluir apenas. Quando somos jovens idealizamos, perspectivamos, acreditamos que tudo é possivel de alcançar.
Caimos muitas vezes, mas apesar de no meio da história o decorrer não ser o que por nós foi imaginado, arranjamos sempre força interior para nos levantarmos novamente. Não interessa as vezes que caimos, mas o que apreendemos com as nódoas negras que ficam, quando nos reerguemos. Fortalece. Por vezes a dor alimenta-nos e certamente que nos torna mais fortes.
Que graça teria a vida se não tivessemos que lutar por nada?
Aprendi a valorizar tudo o que a vida me oferece e a agradecer por isso.
Ainda me resta aprender a ter fé, a acreditar que apesar de todos os momentos serem perecíveis não o são em vão.
Que tudo irá fazer sentido um dia....talvez num espaço sideral.
Cristina Vaz


HORIZONTE





A imensidão de um horizonte
Perdido no meio de nada e coisa alguma
Linha inatingível que separa o sonho e realidade
Magnânime e Inalcançável
Permanece imóvel e permite-nos sonhar
Com o que está para além da linha
E a vista não alcança
Perdida vagueio com o olhar faminto de infinito
Esperando transpor novas linhas
Mantendo vivo o sonho
Ansiando por realidade
No meio de nada e coisa alguma.
Cristina Vaz